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A direção do vento.



Eu li em algum lugar que só era feliz quem se deixava guiar pela direção do vento. No momento eu achei a frase um pouco incoerente, mas depois de um certo tempo eu permiti que o vento me guiasse, me levasse pra onde ele quisesse e só aí entendi o verdadeiro significado daquelas palavras. 

Notei que a vida era curta demais pra sentar e admirar o tempo passando. O vento só sopra a favor daqueles que merecem, daqueles que se permitem viver. E eu decidi que o melhor a fazer era viver, não deixar a vida passar pelos seus olhos e simplesmente não fazer nada pra impedir, como correr atrás dos seus sonhos ou algo assim.


Eu abri meu coração e dei ordem para que o vento escrevesse o roteiro da minha vida, ou do restante dela. O primeiro passo foi mudar, mas não mudar as roupas ou a minha personalidade. Mudar, literalmente, de cidade. Conhecer novos lugares, experimentar novas possibilidades, respirar novos ares. Eu não sei se isso é o significado da expressão "viver a vida", mas o que importava agora é que eu estava fazendo alguma coisa que mudasse o meu destino. 

Eu mudei. A direção do vento me mudou. Escolhi ser nômade, e em qualquer canto que eu estacionasse, haviam pessoas com perguntas a me fazer sobre essa minha escolha radical. Perguntavam como eu conseguia mudar tanto, se eu não sentia falta, como eu sabia que aquele era o lugar certo, ou se não era estranho largar tudo e começar tudo do zero novamente. Para todas as perguntas a resposta era uma só: "Eu sei que estou indo para o lugar certo porque o vento que me guia. Para onde ele decidir que eu vá, eu vou e me sentirei em casa em todos os lugares, porque meu lar verdadeiro é meu coração." 


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